Fazenda impede chegada de polo industrial chinês bilionário no Entorno do DF

Prefeitura afirma que município já apresentou uma nova proposta de acordo.

Fazenda impede chegada de polo industrial chinês bilionário no Entorno do DF

Uma fazenda, que pertence a uma família, impede o projeto da prefeitura de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF, de construir um polo industrial com investimento chinês que poderia gerar 2 mil empregos diretos e mais de 10 mil indiretos. Conforme revelado pelo Metrópoles no domingo (2), o município tenta resolver o impasse no Judiciário e já chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde não foi concluído.

Sobre o polo, o projeto inclui a ocupação de 34 hectares. Pelo menos 62 empresas nacionais já estão confirmadas, bem como investidores chineses de companhias como Shenzhen, Zhongshan e Haikou, que já anunciaram um aporte de cerca de R$ 2 bilhões no Centro de Convenções ITEC e outras instalações.

No local, estão previstas produções de veículos elétricos e até painéis de LED, além de equipamentos industriais e locais para treinamento e inovação tecnológica. O processo de implantação, que era previsto para o fim do ano passado, mudou para 2027.

Para avançar no projeto, é preciso desapropriar as terras da família Simonassi, mas a prefeitura não conseguiu um acordo com os proprietários e nem quitou as indenizações. De fato, conforme o processo, a administração pública depositou R$ 659 mil de R$ 881 mil.

Além disso, os advogados dos Simonassi afirmam que o município também não considerou no orçamento os recursos para as desapropriações. Isto também é necessário, conforme a lei, para a tomada de posse.

Ao Metrópoles, a prefeitura de Águas Lindas informou que “o terreno onde será construído o Polo Industrial Sol Nascente foi desapropriado de forma regular e dentro da lei. O município já apresentou uma nova proposta de acordo. O caso está sendo mediado pela Justiça, e o acordo está próximo de ser concluído de forma amigável com os proprietários”.

O veículo de comunicação também conversou com o caseiro da fazenda, que mora no local, Agnaldo Alves, de 75 anos. Segundo ele, a prefeitura já enviou caminhões à fazenda, derrubou caixas d’água e desligou a energia. Atualmente, ele depende de pequenas bombas d’água.