Bolsonaro pede ao STF para receber visita de Ronaldo Caiado
Governador de Goiás tem feito críticas a Lula por segurança pública.
Redator
Nov 6, 2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para receber o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em sua residência em prisão domiciliar. O requerimento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar todas as visitas ao ex-chefe do Executivo.
De acordo com a defesa de Bolsonaro, o encontro dos amigos teria “finalidade humanitária e político-institucional”, conforme descrito em ofício enviado por Caiado ao Supremo. No documento, o governador afirma que busca manter “canais de diálogo respeitosos entre lideranças políticas” e que não pretende interferir na execução da prisão domiciliar nem tratar de temas sob análise do Judiciário.
Os advogados do ex-presidente manifestaram total anuência ao pedido, ressaltando que não veem impedimentos à visita. O encontro deve ocorrer no condomínio onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar.
Além de Caiado, a defesa também solicitou autorização para visitas de parlamentares aliados, entre eles os deputados Evair de Melo (PP-ES), José Medeiros (PL-MT), Sanderson (PL-RS), o ex-deputado Odelmo Leão (PP-MG) e o vice-presidente do PL em Rondônia, Bruno Scheid.
A movimentação ocorre em meio à expectativa de uma possível transferência de Bolsonaro para o presídio da Papuda, também na capital federal. Caso o pedido seja autorizado, a conversa com Caiado deve abordar a estratégia de unificação da direita nas eleições presidenciais e formas de reduzir a vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece à frente nas pesquisas.
O último encontro presencial entre Bolsonaro e Caiado aconteceu em 19 de junho de 2025, durante o feriado de Corpus Christi, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. Na ocasião, ambos discutiram articulações políticas e a formação de uma “frente consolidada” da direita para 2026 — tema que Caiado vem defendendo com firmeza.
O governador goiano tem procurado aliados de Bolsonaro oferecendo duas garantias caso vença a disputa presidencial: articular uma anistia política ao ex-presidente e abrir mão da reeleição em 2030, dando espaço para outro nome da direita na sucessão. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também já teria sinalizado apoio à ideia, reforçando a construção de um bloco conservador unificado.
*Com informações do O Globo e Metrópoles
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