Análise descarta radiação em material suspeito encontrado em Anápolis; rua chegou a ser isolada

Conforme denúncia, moradora estaria guardando bloco de concreto com substância tóxica. Em 1987, Goiânia registrou maior acidente radiológico do mundo.

Análise descarta radiação em material suspeito encontrado em Anápolis; rua chegou a ser isolada
Bombeiros isolam rua para verificar denúncia de que moradora estaria guardando material químico ou radiológico, em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) informou que o material suspeito encontrado na casa de uma mulher em Anápolis, a 55 km de Goiânia, não emite radiação. Conforme a denúncia, a moradora estaria guardando substância química ou radiológica em casa. Em 1987, a capital registrou o maior acidente radiológico do mundo.

O CNEN afirmou que a medição, realizada na sexta-feira (19), apontou que no bloco de concreto que envolvia o material foi encontrado apenas o equivalente à taxa de radiação de fundo, inerente ao meio ambiente. O Corpo de Bombeiros chegou a isolar a rua da mulher, localizada na Rua 2, no Bairro Vila Santa Isabel.

Com a suspeita de que o material pudesse ter algum elemento químico ou radiológico, a corporação chamou a Companhia Ambiental de Operações Com Produtos Perigosos, que é especializada nesse tipo de ocorrência, e a CNEN.

O g1 questionou o CNEN sobre a origem do material, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

Bombeiros isolam rua após denúncia de que moradora estaria guardando material químico ou radiológico em Anápolis, Goiás — Foto: Adriel Morais/TV Anhanguera

Bombeiros isolam rua após denúncia de que moradora estaria guardando material químico ou radiológico em Anápolis, Goiás — Foto: Adriel Morais/TV Anhanguera

 

Rua interditada

 

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 12h30 para verificar a denúncia de que a moradora estaria guardando material químico ou radiológico em casa. Ao chegar ao local, a equipe isolou a rua.

Uma equipe especializada chegou ao local por volta de 16h20 e fez uma medição. Segundo os bombeiros, o material foi levado ao CNEN para averiguação, no entanto, a equipe já havia concluído que não havia risco de o item transmitir radiação.

O Corpo de Bombeiros informou ainda que equipes especializadas em produtos perigosos utilizaram o detector FAG para medir se existia a presença de radiação ionizante no local.

Por volta de 17h20, as equipes deixaram o local e tiraram o isolamento da área.

Bombeiros levam material suspeito de ser radiológico para avaliação, em Anápolis

Bombeiros levam material suspeito de ser radiológico para avaliação, em Anápolis

 

Césio-137

 

O maior acidente radiológico do mundo aconteceu quando, no dia 13 de setembro de 1987, dois catadores de recicláveis acharam um aparelho de radioterapia abandonado, desmontaram e o venderam a um ferro-velho de Goiânia.

No equipamento, estava o césio-137, altamente radioativo. O pó de coloração azul, que ficava no equipamento, causou quatro mortes e contaminou, pelo menos, 249 pessoas.

Com informações g1 Goiás.