Alunos da UFG desenvolvem robô com peças populares para fiscalizar obras e rodovias em Goiás
Coordenador do projeto estima economia de R$ 97 mil com uso de materiais acessíveis. Chamada de H2, máquina começou a ser feita há quatro meses e está em fase de protótipo.
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Um grupo de estudantes da graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG) criou o robô H2 para ser usado na fiscalização da qualidade de rodovias e obras. Professor que coordena a equipe, formada por quatro jovens, Solon Bevilacqua contou que o grupo focou em criar uma máquina com peças a preços acessíveis, gerando uma economia aproximada de R$ 97 mil.
"Só as peças para o estágio em que ele está agora custariam mais de R$ 100 mil e nós gastamos cerca de R$ 3 mil. Ele tem motores de hoverboard [um skate elétrico], perfil de alumínio, algumas peças feitas em impressora 3D. Em caso de avaria, ele pode ser substituído integralmente por um custo baixo. Não ficamos reféns de fornecedores", detalhou.
O professor Solon disse que os alunos passaram os últimos quatro meses estudando e desenvolvendo o H2. Eles são bolsistas do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), que apresentou a eles a demanda de uma máquina que pudesse ajudar na fiscalização de obras.
"Eles desenvolveram um robô pequeno que pudesse entrar em locais com risco de desabamento e contaminação, por exemplo. Ele também pode andar na rodovia e verificar deformações, inclinação, sem precisar que agentes façam isso de carro", completou Solon.
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Base do Robô H2 que pode receber sensores e desempenhar diversas funções — Foto: Reprodução/TCE-GO
Os desenvolvedores do H2 são dois alunos da engenharia da computação, um da engenharia mecânica e um da inteligência artificial.
De acordo com o coordenador, cada um levou para o projeto os conhecimentos que adquiriu em sala de aula, durante os respectivos cursos de graduação, e em projetos de extensão da própria UFG, como o Pequi Mecânico - a equipe de robótica da universidade.
Um dos alunos que participou do desenvolvimento do H2 é Luis Fernando Ferreira de Oliveira Freitas, que estuda engenharia da computação e faz parte do Pequi Mecânico. Segundo ele, um dos principais desafios foi justamente pesquisar os materiais de baixo custo e fazê-los funcionar para atingir os objetvos da equipe.
Com este objetivo em mente, eles escolheram fazer uma base de alumínio, "que é um material encontrado nacionalmente, fácil achar e não é caro". Também escolheram usar as rodas e o motor de hoverboard. "Apesar de serem de fabricação chinesa, são fáceis de encontrar no Brasil", explicou o estudante.
"Uma das dificuldades que a gente teve foi em como fazer a operação das rodas, colocar os motores para girar. [...] Encontramos referências no exterior de como fizeram isso em outros lugares para conseguir fazer aqui também", completou.
Com informações g1 Goiás.
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