Pakita caminhoneira’: jovem vai ao próprio casamento de caminhão no RS

Marina, a pakita caminhoneira, casou-se com o também caminhoneiro Yuri Harth em um município no interior do Rio Grande do Sul.

Pakita caminhoneira’: jovem vai ao próprio casamento de caminhão no RS
Marina e Yuri, caminhoneiros que se casaram (Foto: Divulgação)

Foi a bordo de um caminhão betoneira que a gaúcha Marina Harth chegou à igreja para se casar com o também caminhonheiro Taylor Yuri Harth, em uma cerimônia que aconteceu no município de Bom Retiro do Sul (Rio Grande do Sul) e que rapidamente viralizou na internet. Marina é chamada por amigos de “pakita”, apelido que recebeu em uma das empresas em que trabalhou.

“Por que ‘Pakita’? Nem eu sei”, ri Marina, de 29 anos. “Isso foi um apelido que pegou na minha antiga empresa. Um dia, eles olharam para mim e falaram: ‘ô, Pakita!’. E eu olhei. Daí, pegou [o apelido]. Não sei se é por causa das Paquitas da Xuxa, por ser uma ‘Pakita caminhoneira’… Pegou e ficou”, contou ao G1.

Marina conta que o carinho pelos caminhões começou na infância e tem a ver com certa memória afetiva, já que o pai dela dirigia um e a levava para viajar. Certo dia, ela ficou sabendo que uma empresa havia criado uma promoção para presentar mulheres com uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria D, que ela venceu e começou a trabalhar como caminhoneira.

“Eu tinha muito medo desse caminhão. Mas eu fui, eu fui, eu meti a cara, fui, não vou te dizer que foi fácil. Foi um pouco difícil no início, mas eu peguei amor por isso, eu comecei a gostar e também a ter um pouquinho daquele orgulho, né, de ser a única mulher no Vale dos Taquari que trabalha com esse tipo de caminhão”, diz.

Há oito anos, Marina conheceu o agora marido, que também é caminhoneiro, e juntos os dois viajaram por três anos. Só pararam quando o filho começou a frequentar a escola. A foto de casamento deles foi em frente aos veículos que dirigem.

O mais recente emprego da ‘pakita’ tem só três meses. Foi nessa empresa que ela começou a dirigir um caminhão preto, que apelidou de ‘Patolino’. No para-brisas, ela recebeu autorização para colocar um adesivo escrito ‘pakita’. “Eu e o Patolino já temos bastante história pra contar”, brinca.