PM prende homem que causou incêndio em área de vegetação em Jataí
Homem de 38 anos confessou ter iniciado as chamas e foi detido após incêndio atingir mata ciliar em Jataí.

Um homem de 38 anos foi preso neste sábado (23) em Jataí, no sudoeste goiano, após provocar um incêndio em área de vegetação. De acordo com a Polícia Militar, ele foi identificado por testemunhas, confessou o crime e justificou a ação afirmando que “todo ano nessa época tem queimada, então é época de queimada”.
De acordo com o relato do denunciante, o suspeito foi visto usando um isqueiro para iniciar as chamas. O comunicante chegou a tomar o objeto e jogá-lo fora, mas o homem teria insistido que buscaria fósforos em casa para continuar o fogo.
Minutos depois, as chamas se espalharam e atingiram a mata ciliar de um córrego que passa pela propriedade da testemunha.
Equipes da PM foram acionadas e, com apoio do Comando de Policiamento Urbano (CPU) e de outras guarnições, conseguiram localizar o autor.
O Corpo de Bombeiros também atuou na ocorrência e controlou o incêndio, evitando maiores danos ambientais e estruturais.
O suspeito foi conduzido à delegacia de polícia para responder pelo crime ambiental. A ação destacou a rápida integração entre forças de segurança e equipes de emergência no combate ao fogo.
Incêndio no Nordeste de Goiás
Brigadistas e militares do Corpo de Bombeiros atuam no combate a um incêndio florestal, potencialmente criminoso, que já consumiu mais de 25 mil hectares de vegetação nativa no município de São Domingos de Goiás, nas proximidades do Parque Estadual de Terra Ronca (Peter). De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o fogo começou por volta do dia 20 de agosto.
No último sábado, a Semad informou ter destacado, para o combate às chamas, todos os especialistas em incêndios florestais que estão a serviço da pasta na região Nordeste de Goiás. São três brigadistas contratados junto à Aliança da Terra e 12 bombeiros cedidos por convênio para operar da Estação Ecológica de Nova Roma, no Parque Estadual Águas do Paraíso (Peap) e no próprio Peter, além dos servidores da Semad que são coordenadores dessas unidades.
Somado a esse efetivo, a secretaria disponibilizou quatro viaturas, kits picapes, mochilas costais, sopradores e outros equipamentos. A área consumida até o momento equivale a aproximadamente 25 mil campos de futebol.
Incêndios em Goiás
O registro de focos de queimada em Goiás de janeiro a julho deste ano caiu 34,1% na comparação com o mesmo período de 2024.
Enquanto no ano passado a pasta registrou 1.565 episódios de incêndio florestal nos primeiros sete meses do ano, em 2025 foram 1.030.
Os dados são produzidos a partir de informações do satélite Aqua M-T, que capta focos com área maior do que 30 metros quadrados. O balanço de 2025 é também o melhor desde o ano de 2019. Foram 1.192 focos naquele ano; 1.298 em 2020; 1.631 em 2021; 1.711 em 2022; 1.339 em 2023; e como já foi dito, 1.565 em 2024.
O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrográficas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, afirma que a redução nos focos de queimada é resultado do amadurecimento das políticas do governo no âmbito do monitoramento e do combate aos incêndios.
“Os números estão ficando melhores com o passar do tempo porque estamos usando a nossa experiência para aprimorar procedimentos”, afirma.
Comparativos por mês
O mês de julho desse ano teve 327 focos de incêndio. A redução, no comparativo com 2024, foi de 33,9%. Mas foi nos primeiros meses de 2025 que a queda foi mais acentuada – o que também pode ser explicado pelo volume maior de chuvas e pelo fim do ciclo do fenômeno El Niño, que agravou a estiagem em Goiás no ano passado.
Em fevereiro de 2025, por exemplo, a diminuição foi de 45%. Em março foi de 56,1% e em abril, de 60,8%.
“Melhorar esses números depende de nós e é compromisso de todos. Ainda há pessoas ue desrespeitam a lei e utilizam fogo para limpar pasto e queimar lixo, por exemplo. É sempre importante frisar que está valendo um decreto do governador Ronaldo Caiado que estabeleceu restrições severas ao uso do fogo enquanto a seca durar”, afirma Amorim.
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