PC desencadeia Operação Coroa de Flores visando investigar fraude em licitação na Câmara de Vereadores de Goianésia

A investigação também apura o direcionamento na contratação de uma empresa de engenharia que prestou serviços para a Câmara Municipal por meio de dispensa de licitação.

PC desencadeia Operação Coroa de Flores visando investigar fraude em licitação na Câmara de Vereadores de Goianésia

A Polícia Civil (PC), através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), realizou na sexta-feira (15) a Operação Coroa de Flores. A operação teve por objetivo cumprir 9 mandados de busca e apreensão em residências, estabelecimentos comerciais e na Câmara Municipal de Goianésia no Vale do São Patrício.

As medidas foram determinadas pela 1ª Vara Criminal de Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Comarca de Goiânia em razão de investigação da PC que apontou supostas fraudes a licitação na aquisição de coroas de flores para ornamentar cerimônias de velórios na cidade.

Durante as investigações, os policiais civis constataram que, entre os anos de 2015 a 2020, houve o direcionamento das aquisições de coroa de flores para que uma mesma funerária da cidade as fornecesse. Entretanto, foi verificado que esta funerária não costuma realizar o fornecimento de tais ornamentos e é ligada a um dos vereadores da Câmara Municipal.

Há suspeitas de que o antigo mandatário da Câmara de Vereadores seja o verdadeiro proprietário da empresa funerária que possui como sócios formais pessoas intimamente ligadas a ele, como seu genro. Além disso, há a possibilidade de sequer terem sido fornecidas as coroas de flores já que a empresa funerária não possui permissão para a realização dessa atividade.

A investigação também apura o direcionamento na contratação de uma empresa de engenharia que prestou serviços para a Câmara Municipal por meio de dispensa de licitação. No curso do cumprimento dos mandados de busca, foram apreendidas seis armas de fogo, entre revólveres, pistola e carabinas, e munições de propriedade do principal investigado.

As investigações estão em sua fase final e os envolvidos poderão responder por crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato, cujas penas máximas, se somadas, podem chegar a 19 anos de prisão.

FONTE JORNAL DO VALE