OAB-GO pede retirada de segredo de Justiça e agilidade de processo que apura a morte do DJ Rikelmy, em Goiânia

Mãe de jovem que morreu após ser agredido por lutador profissional afirma que não tem acesso ao andamento do caso: 'Sofrimento muito grande'. Ela acredita que atuação da entidade pode ajudá-la.

OAB-GO pede retirada de segredo de Justiça e agilidade de processo que apura a morte do DJ Rikelmy, em Goiânia

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) solicitou a retirada do segredo de Justiça do processo que apura a morte do DJ Rikelmy Oliveira Lemos, que faleceu aos 19 anos após ser agredido por um lutador profissional, em Goiânia, em fevereiro de 2020 (vídeo acima). A entidade também solicitou maior agilidade no andamento do processo.

Esse era um pedido da própria família do DJ, que chegou a fazer, no início deste mês, um abaixo-assinado virtual cobrando o andamento do processo. O documento eletrônico, que reuniu quase 2 mil assinaturas, foi apresentado ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO, Roberto Serra, em reunião realizada na quarta-feira (20).

“Nós conseguimos 1.878 assinaturas, quase 2 mil. Eu não imaginava que conseguiríamos tantas”, comentou a advogada Aparecida da Costa Aquino, amiga da família de Rikelmy.

O acusado de agredir Rikelmy é o lutador profissional de taekwondo Lucas Vieira, de 24 anos. Ao prestar depoimento, no fim de fevereiro do ano passado, ele disse que agiu em legítima defesa. Ele foi indiciado e denunciado por homicídio qualificado. O G1 não conseguiu localizar a defesa dele.

A ideia do abaixo-assinado surgiu, de acordo com a mãe de Rikelmy, Odinéia Cardoso, de 41 anos, quando a família descobriu que o processo não estava prosseguindo.

 

“Essa foi a minha maior tristeza. O processo nunca foi nem digitalizado para poder tramitar. É um sofrimento muito grande para uma mãe perder o filho e ainda saber que não está sendo feita justiça”, afirmou.

 

A mãe da vítima afirma que o segredo de Justiça é motivado pelo fato de o investigado estar foragido. “Me disseram que é por ele [indiciado] estar fora do país, para ele não ter informações do andamento, mas achei um absurdo ser segredo até pra mim, que sou mãe, eu não tenho acesso a nada”, comentou.

Agora, com a atuação da OAB-GO, Odinéia diz que está esperançosa de que será feita justiça pela morte do filho. "Agora estou com muita esperança. Meu coração se encheu de alegria, porque senti que eles realmente vão fazer alguma coisa”, disse.