Governo de Goiás amplia atendimento a estudantes com deficiência e capacita profissionais de apoio

Governo de Goiás amplia atendimento a estudantes com deficiência e capacita profissionais de apoio

A política educacional do Governo de Goiás tem o olhar voltado para melhorar a oferta do ensino especial. Nesses dois anos, novas ações têm sido desenvolvidas para ampliar a qualidade do ensino-aprendizagem

Os alunos com necessidades educacionais especiais da Rede Estadual de Educação terão um reforço no atendimento: agora, as unidades escolares especiais contarão com um profissional de apoio do Estado. A medida foi anunciada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) por meio do Memorando Circular nº6/2021, publicado nesta quarta-feira, 20.

A novidade não gera mudanças nas diretrizes da Educação Especial que está em vigor, mas permite a modulação de um novo profissional para atender às necessidades dos estudantes. Os alunos matriculados terão um período para apresentar o laudo que comprova a necessidade de apoio. A partir da solicitação, a equipe da Superintendência de Modalidades e Temáticas Especiais da Seduc avaliará a demanda, nos critérios da diretriz, e definirá se aprova ou nega o pedido.

“Está havendo uma concessão. Nós vamos disponibilizar um profissional de apoio às unidades educacionais especiais que, no ano anterior, não tiveram esses profissionais no seu quadro. Mas, nas escolas comuns, continua tudo como antes”, reforça a gerente de Educação Especial da Seduc, Mércia Rosana Chavier.

A Seduc reitera que todos os estudantes público-alvo da Educação Especial (pessoas com deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento/Transtorno do Espectro Autista ou com Altas Habilidades/Superdotação), mesmo aqueles matriculados em escolas regulares, terão acompanhamento de profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e também de profissionais de apoio, caso necessitem.

Capacitação

A Seduc, por meio da Superintendência de Modalidades e Temáticas Especiais e do Centro de Estudos, Pesquisa e Formação dos Profissionais de Educação (Cepfor), irá, ainda, realizar um curso de capacitação específico para os profissionais de apoio. Esse curso tem como meta a formação continuada desses profissionais, qualificando o atendimento aos estudantes com deficiência.

“Todos os nossos profissionais de apoio serão valorizados. Nós teremos bons profissionais capacitados para o trabalho com nossos alunos”, reforça Mércia Chavier. A previsão é que a formação tenha início na próxima quarta-feira (27/01), de forma remota.

Reanp

No ano passado, mesmo com a adoção de Regime Especial de Aulas não Presenciais (Reanp), os alunos com deficiência intelectual, transtorno do espectro autista, altas habilidades e superdotação contaram com um auxílio na realização das atividades. Junto aos professores regentes, os profissionais de apoio trabalharam para flexibilizar os materiais e atividades propostas de modo a assegurar, ao máximo, o aprendizado a todos os estudantes.

“Eles (profissionais de apoio) atuaram no Reanp fazendo orientações e o acolhimento para que as atividades pudessem ser adaptadas e desenvolvidas pelos alunos”, conta a gerente de Educação Especial. Segundo ela, no fim do ano passado, as escolas estaduais contavam com 2.995 profissionais modulados nessa função e auxiliando os estudantes com necessidades especiais na realização das atividades.

Para esse ano, a expectativa é que o número de servidores modulados nessa função seja mantido. A quantidade exata, no entanto, dependerá da demanda registrada pelos estudantes no momento da matrícula.

Em relação ao atendimento, esse será mantido em formato não presencial. Isso porque a rede estadual de Educação optou por priorizar o retorno das aulas presenciais apenas para os estudantes que não tiveram acesso ao Reanp no ano passado ou que não têm acesso à Internet, respeitando as orientações dos órgãos de Saúde e o limite de 30% da capacidade das escolas.