Ibovespa sobe e fecha aos 118 mil pontos, com inflação dos Estados Unidos no radar

O principal índice da bolsa de valores brasileira avançou 0,18%, aos 118.176 pontos.

Ibovespa sobe e fecha aos 118 mil pontos, com inflação dos Estados Unidos no radar
Ibovespa opera em alta nesta terça-feira. — Foto: Pixabay

O número era bastante aguardado porque pode ser decisivo para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em que a instituição vai decidir sobre o rumo das taxas de juros no país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.

No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,93%, aos 117.968 pontos. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular altas de:

  • 2,57% na semana;
  • 2,19% no mês;
  • e de 7,78% no ano.

 

O que está mexendo com os mercados?

 

Em um dia de agenda mais esvaziada no Brasil, as atenções dos mercados ficaram voltadas para o exterior, com destaque para os novos dados da inflação norte-americana.

O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,6% em agosto, no maior ganho desde junho de 2022, segundo informações divulgadas hoje pelo Departamento do Trabalho norte-americano.

Apesar de o resultado ter vindo em linha com o esperado pelo mercado, a nova aceleração — a terceira consecutiva — aumenta a expectativa pela decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que deve se reunir na próxima semana para determinar o futuro dos juros da maior economia do mundo.

Os Estados Unidos, assim como boa parte do mundo, passaram por um período de forte pressão inflacionária causada pelos problemas trazidos pela pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Para controlar o avanço dos preços, o Fed passou a elevar as taxas de juros no país, que já chegaram ao maior patamar em anos. O principal fator determinante para a continuidade dessas altas nos juros ou o início de um corte é, justamente, a inflação.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) até começou a arrefecer, mas continua acima das metas de inflação estabelecidas pelo Fed .

Juros altos nos Estados Unidos tendem a aumentar a rentabilidade dos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo.

Isso leva a uma migração de recursos para o país, o que favorece o dólar em detrimento de outras moedas, principalmente as de países emergentes, além de ser prejudicial para os ativos de riscos, como os mercados de ações.

No entanto, com a inflação dentro das projeções de analistas e investidores, a expectativa é de que o Fed não mexa nas taxas de juros, pelo menos na próxima reunião.

 

Com informações G1.