Diretor é ameaçado após tomar celular de aluno durante prova, em Rio Verde
Caso aconteceu no Colégio Estadual Professor Quintiliano Leão Neto.

Na manhã da última quarta-feira (18), o diretor do Colégio Estadual Professor Quintiliano Leão Neto, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, foi ameaçado após tomar celular de aluno durante a aplicação de uma prova, segundo informações da Polícia Civil. De acordo com o diretor, o adolescente de 17 anos usava o aparelho para colar durante a avaliação. Ao ter o telefone recolhido, ele acionou o irmão, de 19 anos, e os dois passaram a ameaçar o gestor da unidade de ensino.
De acordo com a Polícia Militar, tanto o aluno quanto o irmão foram levados para a delegacia. O diretor manteve a decisão de só devolver o aparelho na presença da mãe do estudante, seguindo normas da Secretaria Estadual da Educação (Seduc-GO).
Segundo relatos, o adolescente fazia uma prova que havia perdido anteriormente. Durante a aplicação, a professora percebeu que ele estava colando com o celular e imediatamente recolheu o aparelho, entregando ao diretor. O gestor então informou ao aluno que o telefone só seria devolvido para a mãe.
O jovem deixou a escola e voltou horas depois com o irmão, um ex-aluno da instituição. Foi neste momento que as ameaças começaram. Segundo o boletim, os dois afirmaram que iriam “quebrar tudo” se não recebessem o celular. O diretor foi ameaçado dentro da sala da coordenação, que chegou a ser revirada pelos irmãos na tentativa de encontrar o aparelho.
A Polícia Militar foi acionada e os dois foram encaminhados à delegacia. O irmão mais velho, de 19 anos, teve a prisão ratificada e vai responder pelos crimes de ameaça dentro de estabelecimento de ensino e corrupção de menores, já que praticou o ato ao lado do adolescente. Apesar disso, ele responderá em liberdade, por ser réu primário, ter residência fixa e emprego. Contudo, está proibido de se aproximar do diretor a menos de 300 metros e deverá comparecer mensalmente à Justiça.
Já o adolescente foi liberado e ficou aos cuidados da mãe. A Defensoria Pública do Estado de Goiás, que representa os dois irmãos, informou que não comentará o caso.
Em nota, a Seduc reforçou que, em situações como essa, o protocolo de segurança é imediatamente acionado, com chamada às forças policiais. A secretaria também lembrou que, durante avaliações, o celular de qualquer aluno deve permanecer desligado e, caso seja recolhido, só pode ser devolvido aos responsáveis legais.
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