Saúde pede R$ 5,2 bi à Economia para manter leitos de pacientes com Covid-19

Pasta argumenta que o dinheiro previsto para a saúde no orçamento da União, que aguarda votação do Congresso, já está todo comprometido.

Saúde pede R$ 5,2 bi à Economia para manter leitos de pacientes com Covid-19

O número de leitos destinados pelo governo federal a pacientes acometidos pela Covid-19 pode cair pela metade. Esta é uma hipótese que pode se tornar realidade se recursos para esse fim não sejam obtidos. Por conta disso, o Ministério da Saúde pediu no último dia 29 de janeiro, ao Ministério da Economia, um crédito suplementar de R$ 5,2 bilhões a fim de custear despesas com a pandemia do novo coronavírus. As informações são do G1.

No pedido, o ministério argumenta que o dinheiro previsto para a saúde no orçamento da União, que aguarda votação do Congresso, já está todo comprometido — R$ 136,7 bilhões.

A informação está na edição deste sábado (6/2) do jornal O Globo. O ofício com dois documentos e o pedido da verba foi enviado ao Ministério da Economia e à Casa Civil pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. A TV Globo também teve acesso aos documentos.

Em um dos documentos, o secretário-executivo do ministério diz que são necessários “recursos para custeio de serviços de atenção especializada, especialmente leitos de UTI”. Em outro, justifica a necessidade de liberação da verba:

“A persistência da doença observada pela evolução da quantidade de casos produz impactos severos no Sistema Único de Saúde (SUS) que impõem a necessidade de adequar a capacidade do Estado para garantir o direito à saúde enquanto não é possível controlar a situação epidemiológica”.

Itens essenciais
Segundo o texto, “além do elevado número de doentes que estão ingressando no SUS para tratamento em razão da Covid-19, dependendo do comportamento da doença, os entes precisarão de apoio inclusive para organizar o fornecimento de itens essenciais para o atendimento, como está acontecendo no Amazonas e em Rondônia”.

Por isso, afirma o secretário no pedido ao Ministério da Economia, “é imprescindível e urgente utilizar recursos orçamentários adicionais àqueles previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para ampliar a capacidade de atendimento à população, ajustando-a à demanda emergencial”.

Com informações Metropoles.