Saiba quem é a servidora suspeita de usar dinheiro da prefeitura de Goiânia para ‘bruxaria’
Helenice Evangelista de Souza exercia a função de gerente de execução financeira no município.

A servidora da prefeitura de Goiânia investigada por desviar quase meio milhão de reais em dinheiro público para pagar gastos pessoais foi identificada como Helenice Evangelista de Souza. Ela exercia a função de gerente de execução financeira no município. De aproximadamente R$ 425 mil, mais de R$ 200 mil podem ter sido usados para pagar rituais de bruxaria a Fernanda Maria Tenório, presa em Alagoas. As informações são da TV Anhanguera.
Ainda sobre Helenice, em novembro de 2022, ela subiu de cargo. A mulher deixou de ocupar a função de assessora especial para assumir como gerente de execução financeira da prefeitura. Uma das funções dela era o controle da conta única do Tesouro Municipal. Assim que as irregularidades foram identificadas, ela foi afastada, conforme o município.
Já a mulher que se identifica como bruxa nas redes sociais, segundo apurado, disse, em depoimento divulgado pelo veículo de comunicação, que conversou com a então servidora pelo WhatsApp e Instagram. Ela afirmou, ainda, que não se lembrava se Helenice a informou a origem do recurso. Uma cunhada da ex-servidora também foi presa.
O Mais Goiás tentou falar com a defesa de Helenice, que segue presa, por e-mail. O portal não conseguiu contato das demais suspeitas, mas mantém o espaço aberto, caso haja interesse.
Operação
Helenice foi alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão no bojo da Operação ‘Ritual do Desvio’, que apura uso de R$ 425 mil para pagamento dos apontados serviços religiosos. As ordens judiciais foram executadas na capital, Aparecida de Goiânia, Bela Vista de Goiás e na região metropolitana de Maceió.
Segundo a investigação, o esquema era feito com a inclusão de dados falsos no sistema contábil do município, o que permitiu pagamentos irregulares diretamente da conta da prefeitura. A Controladoria Geral do Município foi quem primeiro identificou as falhas e comunicou a polícia.
A principal suspeita teria feito, só em 2025, 14 pagamentos ilegais, somando R$ 425 mil. O dinheiro foi parar nas mãos de uma mulher que presta serviços de bruxaria, de uma associação esportiva, de uma farmácia registrada em nome da cunhada da servidora, identificada como Thaís Corrêa Lopes, e também serviu para quitar faturas de cartões de crédito pessoais dela. Esta última também foi presa.
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio de valores das contas dos investigados e suspendeu a servidora de suas funções no serviço público. A ação contou com apoio da Polícia Civil de Alagoas.
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