Lula nomeia irmã do amigo Gilberto Carvalho em ministério

O presidente Lula demitiu nesta segunda-feira (5) a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e deu posse à sucessora de Cida. A escolhida é a parananense Márcia Lopes, que tem 67 anos e é irmã de um velho amigo de Lula: o ex-ministro Gilberto Carvalho.
Márcia é filiada ao PT desde 1982 e foi vereadora na Câmara Municipal de Londrina entre 2001 e 2004. Foi secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome entre 2004 e 2008. Dois anos depois, foi nomeada ministra da mesma pasta por Lula, ficando no cargo até meados do governo Dilma.
À margem do histórico de militância política, Marcia se graduou em Serviço Social pela Universidade de Londrina (UEL) e foi professora no mesmo curso até 2011, ano em que se aposentou depois de 30 anos na sala de aula. Foi coordenadora da Rede de Pobreza e Proteção Social dos países da América Latina e Caribe no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Gilberto, o irmão
Gilberto Carvalho, por sua vez, foi assessor e conselheiro de Lula nos primeiros dois mandatos presidenciais. A ascedência dele sobre o presidente rendeu-lhe o apelido de “novo Golbery” (braço-direito de Geisel) e “novo Chalaça” (braço-direito de Dom Pedro I). No governo Dilma, foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.
A biografia de Gilberto Carvalho é marcada por controvérsias. Uma delas é o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, no qual os irmãos da vítima acusam Gilberto de envolvimento. Em 2008, ele teve o nome envolvido em suspeitas de auxílio aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs).
Por fim, em 2015, Gilberto foi acusado de fazer acordos secretos com lobistas, que desejavam obter benefícios fiscais, a partir do período do governo Lula. A Justiça posteriormente o absolveria das acusações.
Gilberto: entrevistas sobre corrupção e erros
Em entrevistas concedidas em 2021, Gilberto Carvalho admitiu ter havido corrupção nos governos do PT, embora tenha poupado Lula de responsabilidade. “Lula não se corrompeu, tenho convicção disso”, disse o ex-ministro à revista Veja.
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