Em Rubiataba, Polícia indicia cinco pessoas suspeitas de esquema para furar fila da vacinação contra Covid-19

Em Rubiataba, Polícia indicia cinco pessoas suspeitas de esquema para furar fila da vacinação contra Covid-19
 

A Polícia Civil indiciou cinco pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema para furar fila da vacinação contra a Covid-19 em Rubiataba, na região central de Goiás. Segundo as investigações, a esposa e a filha do dono de uma clínica odontológica declararam de maneira irregular trabalhar no consultório para serem imunizadas.

Além das duas, a polícia também identificou que um homem, formado em enfermagem, mas que não exercia a função, também se vacinou. O dono do consultório odontológico e uma funcionária da Secretaria Municipal de Saúde também respondem pelo crime.

Os nomes dos indiciados não foram divulgados e, devido a isso, não foi possível localizar a defesa deles. O Jornal tentou contato por telefone e mensagem de texto com a Secretaria Municipal de Saúde, mas não conseguiu retorno até a última publicação dessa reportagem.

A imunização dos três investigados aconteceu em fevereiro. O delegado Gustavo Mendes Silva explicou que, inicialmente, a Secretaria Municipal de Saúde fez um levantamento de quantas pessoas trabalhavam em clínicas e unidades de saúde.

 

“A mulher e a filha do dono de um consultório se vacinaram e alegaram que trabalhavam no local de forma informal. Inicialmente, não foi cobrada nenhuma comprovação de vínculo de trabalho. Porém, sete dias depois, foi solicitada a documentação”, disse o delegado.

De acordo com a investigação, a funcionária da SMS teria orientado as duas a declarar que trabalhavam como atendente e auxiliar de serviços gerais do consultório, mesmo não havendo comprovação de que elas atuassem no local.

Uma operação para investigar as fraudes foi feita no dia 16 de abril. Mais de dez pessoas chegaram a ser investigadas. Porém, a polícia concluiu que apenas os cinco cometeram irregularidades.

O dono do consultório, a mulher, a filha, o enfermeiro e a funcionária da saúde vão responder pelo crime de falsidade ideológica. Caso sejam condenados, a pena é de até 3 anos de prisão.