Conselho de Medicina de Goiás denuncia venda de atestados falsos na internet

Conselho de Medicina de Goiás denuncia venda de atestados falsos na internet

Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) divulgou alerta sobre sites criminosos na internet que promovem a venda de atestados médicos, laudos e até exames de gravidez. A plataforma opera de maneira criminosa e promete atestados em papel timbrado, com assinatura e CRM de um médico em exercício.

Mais Goiás teve acesso a um dos sites que oferecem os atestados para vários estados, incluindo Goiás. A plataforma especifica claramente a venda de diversos tipos de atestados médicos: doença, respouso para gestante, aptidão física, de comparecimento e até de óbito, além de exames de gravidez.

O site promete atestados em papel timbrado com assinatura do médico acompanhado do número do CRM ou CRO – indispensável para o exercício da profissão. Há, ainda, comentários de supostos clientes sobre a “satisfação” com o trabalho do site. “Precisava comprovar minha gravidez para meu namorado e família dele, eles foram super atenciosos e resolveram meu problema”, diz um comentário assinado por ‘Julia Silva’.

“Comprar exame de gravidez falso com procedência não e uma tarefa fácil, deixe esse trabalho para profissionais que sabem o que estão fazendo, ultrassonografia, exames sanguíneos  beta hcg entre outros”, diz o site.

Conforme apurado pela reportagem, as vendas são feitas diretamente por um número de whatsapp disponibilizado no site, com os valores dos documentos cobrados de acordo com a quantidade de dias pedida pelo “cliente”.

 

Cremego denunciou esquema de venda de atestados

O Conselho de Medicina de Goiás confirmou que registrou, na última semana, uma denúncia junto ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) para que o esquema de venda de atestados seja investigado. A reportagem do Mais Goiás apurou, inclusive, que um dos atestados oferecidos pelos criminosos levaria a assinatura de um médico de Goiânia.

Em comunicado, a entidade ressaltou que o uso de atestado falso, além de configurar crime previsto no Código Penal, “ainda pode levar à demissão do trabalhador por justa causa”. “Não se deixe enganar: saúde é coisa séria! A emissão de laudos e atestados e a prescrição de medicamentos devem ser feitas por médicos e fazem parte do atendimento”, concluiu.