Ações do Facebook na Bolsa de valores despencam após instabilidade nos serviços
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Os BDRs do Facebook operavam em forte queda no início da tarde de hoje, em meio à instabilidade generalizada registrada no aplicativo da rede social, que está fora do ar.
O Facebook, bem como outras gigantes de tecnologia, não está listado diretamente na Bolsa brasileira, mas é possível investir em seus BDRs —recibos que replicam as ações de empresas estrangeiras negociadas em bolsas internacionais. Na prática, é como se o investidor tivesse ações da empresa, mas esses papéis estão sujeitos, além da variação normal do mercado, também às variações do dólar.
Por volta das 15h30 (horário de Brasília), os papéis da companhia na B3, a Bolsa de Valores brasileira, despencavam 5,10%, vendidos a R$ 63,09.
O desempenho do Facebook também era negativo na Bolsa eletrônica de Nova York, a Nasdaq, segundo maior mercado de ações do mundo. No mesmo horário, as ações da empresa por lá caíam 5,71%, a US$ 323,41.
Os aplicativos do WhatsApp e do Instagram, que pertencem ao conglomerado do Facebook, também não estão funcionando. Por meio de sua conta oficial no Twitter, a empresa confirmou a queda global.
"Estamos cientes de que algumas pessoas estão tendo problemas para acessar nossos aplicativos e produtos. Estamos trabalhando para voltar ao normal o mais rápido possível e pedimos desculpas por qualquer inconveniente", escreveu
Falha atinge celular e PC
O blecaute atinge tanto os aplicativos para Android e iOS quanto os sites acessíveis pelo celular e no computador. Quem tenta abrir o WhatsApp Web, o Facebook ou o Instagram pelo navegador encontra uma tela de página fora do ar.
Há sinais de que a falha geral está afetando também outros aplicativos que dependem do login do Facebook, como o jogo "Pokémon Go" — a desenvolvedora Niantic diz que está investigando o caso.
Até a plataforma de realidade virtual Oculus, que pertence ao Facebook, está com problemas. Quem usa um dos visores da marca para jogar relata problemas para carregar games.
Ex-funcionária expõe Facebook
A instabilidade acontece um dia depois de uma ex-funcionária do Facebook (foto acima) revelar sua identidade ao programa "60 Minutes", da emissora americana CBS News, após vazar documentos alegando que a empresa sabia que suas plataformas estavam alimentando o ódio e prejudicando a saúde mental de crianças e adolescentes.
À CBS, Frances Haugen, uma especialista em dados de 37 anos, trabalhou para empresas como Google e Pinterest, mas disse que o Facebook é "substancialmente pior" do que tudo o que já viu antes.
Foi a partir dos documentos divulgados por ela que o The Wall Street Journal publicou uma série de reportagens em meados de setembro indicando que o Facebook sabia que o Instagram é "tóxico" para adolescentes — especialmente meninas e sua relação com seus próprios corpos — e que protegia famosos das regras de conteúdo.
Além disso, ainda segundo informações reveladas por Haugen, a resposta do Facebook às preocupações de funcionários quanto ao uso da rede para tráfico de pessoas foi muitas vezes "fraca".
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