Servidor da prefeitura é suspeito de fraude na compra de cestas básicas para favorecer o próprio supermercado em Itapaci

Valor dos contratos entre 2017 a 2020 é de mais de R$ 3 milhões. Uma das hipóteses é que nem todos os alimentos comprados eram entregues.

Servidor da prefeitura é suspeito de fraude na compra de cestas básicas para favorecer o próprio supermercado em Itapaci

Um servidor da Prefeitura de Itapaci, no centro de Goiás, é suspeito de fraudes na compra de cestas básicas para favorecer o próprio supermercado. Segundo a Polícia Civil, há indícios de que nem todos os alimentos comprados eram entregues. Na terça-feira (31), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em casas, órgãos públicos e no mercado investigado.

O nome do servidor não foi divulgado. Com isso, o G1 não conseguiu localizar a defesa dele até a última atualização dessa reportagem.

O G1 tenta contato por e-mail e telefone com a Prefeitura de Itapaci desde as 9h15 desta quarta-feira (1º), mas ainda não obteve retorno.

“O servidor era responsável pelo Departamento de Compras e direcionava as licitações para favorecer o supermercado dele. Ao todo, entre 2017 e 2020, os contratos para a venda de cestas básicas somaram mais de R$ 3 milhões”, disse o delegado José Antônio de Podestà Neto.

Policiais na porta da Prefeitura de Itapaci — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Policiais na porta da Prefeitura de Itapaci — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O supermercado está em nome do pai do investigado, mas a polícia informou que o responsável efetivamente é o servidor da prefeitura. O funcionário público, que segue trabalhando na administração municipal, mas em outro cargo, ainda não foi intimado para prestar depoimento e apresentar sua versão. A polícia ainda apura o envolvimento de mais pessoas no esquema.

O delegado disse que ainda não é possível determinar o valor do prejuízo causado à prefeitura. “Há a suspeita que nem todas as cestas eram entregues. E as que eram entregues, não atendiam a todas as famílias cadastradas nos programas sociais”, disse.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato.

 

 

Fonte G1 Goiás.