Serial killer de Goiânia: 11 anos dos ataques que mataram 15 mulheres na capital
Após a prisão, o vigilante confessou 39 assassinatos cometidos entre 2011 e 2014

Há 11 anos, Goiânia era cenário de uma série de crimes brutais que transformaram a rotina das mulheres da cidade em um ciclo de medo. Um motociclista escolhia vítimas ao acaso, se aproximava e disparava a queima-roupa antes de desaparecer. Entre janeiro e agosto de 2014, ao menos 15 mulheres foram assassinadas com o mesmo modus operandi pelo serial killer — crimes que só mais tarde seriam atribuídos a Tiago Henrique Gomes da Rocha.
Tiago, então com 26 anos, trabalhava como vigilante em um hospital e levava uma vida aparentemente normal. Alto, de postura discreta, não levantava suspeitas entre colegas. Mas era atrás do capacete preto e sobre uma moto com placas furtadas que ele revelava seu lado mais sombrio. As vítimas eram mortas a tiros, sem qualquer motivação aparente. Em comum, apenas o fato de serem mulheres.
Assista ao documentário:
A primeira delas foi Beatriz Cristina Oliveira Moura, de 23 anos, assassinada quando saía para comprar pão em um domingo de manhã, no Setor Nova Suíça. Outras mortes se seguiram em diferentes bairros da capital, como Cidade Jardim, Vila Redenção e Sudoeste. As investigações apontaram que a arma usada nos crimes havia sido furtada da empresa de segurança onde Tiago trabalhava.
Após sua prisão, em outubro de 2014, o vigilante confessou dezenas de assassinatos cometidos ao longo de três anos, entre 2011 e 2014. Condenado por 39 homicídios e outros delitos, ele acumula penas que somam quase 700 anos de prisão. No entanto, poderá ser libertado em 2044, já que o limite legal para cumprimento de pena à época era de 30 anos.
Hoje com 37 anos, Tiago Henrique vive isolado em uma cela do Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia. Considerado de alta periculosidade e alvo constante de ameaças, não tem contato com outros presos. Avaliações psiquiátricas apontam que ele tem transtorno de personalidade antissocial e plena consciência dos crimes que cometeu.
Comentários do Facebook