Pessoas com doenças pré-existentes devem ter comprovação médica para tomar vacina em Goiás

Pessoas com doenças pré-existentes devem ter comprovação médica para tomar vacina em Goiás

Os pacientes com as comorbidades descritas pelo Ministério da Saúde - MS - dentro do grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19 deverão ter comprovação médica do diagnóstico da doença emitida ainda em 2021. As informações são de O Popular.


ando será analisado pelos agentes de saúde se o diagnóstico se encaixa com as comorbidades elencadas pelo MS. A vacinação deste grupo deve ser iniciada após a finalização da imunização em primeira dose dos idosos (60 anos ou mais), com previsão de ocorrer a partir de maio.


As doenças definidas pelo MS são aquelas que agravam os casos de pessoas infectadas pelo coronavírus (Sars-CoV-2). No entanto, há algumas comorbidades em que apenas o grau mais elevado está no rol do Plano Nacional de Imunização (PNI). Por exemplo, não são todos os pacientes hipertensos que estarão aptos a receber a primeira dose da vacina já na próxima etapa da campanha. O MS definiu que apenas os pacientes diagnosticados com Hipertensão Arterial Resistente (HAR), hipertensão arterial nos estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade ou hipertensão arterial estágio 3. Já no caso das pessoas com diabetes, no PNI, todos os indivíduos com o diagnóstico já podem se vacinar.


A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, explica que a estratégia da comprovação das comorbidades é a mesma já adotada na campanha para a imunização contra a gripe Influenza (H1N1). “Vale a prescrição médica ou relatório médico para a comprovação”, diz. No PNI, também são aceitos exames ou receita médica para medicamentes específicos para determinadas doenças.


Flúvia conta que está sendo preparada uma campanha de informação para a sociedade sobre quais as comorbidades entram nessa fase da vacinação, justamente para que outros pacientes não ocupem as filas ou percam tempo. “Temos de fazer uma campanha massiva e repetitiva para esclarecer quais são as comorbidades do grupo prioritário. Com um material bem informativo, com quais documentos as pessoas devem levar”, conta.


A superintendente ressalta ainda que a expectativa é que a espera para a realização da aplicação das doses deve ser mais demorada do que ocorre com os idosos, já que os agentes de saúde terão um documento a mais para ser analisado e verificado. Isso porque o relatório médico deve conter o número da doença na Classificação Internacional de Doenças (CID) e isso será verificado pelos agentes de saúde. Válido lembrar, no entanto, que por causa da quantidade de doses do imunizante que chega ao País, o programa também vai definir etapas por faixa etária.


O primeiro grupo a receber as doses deverá ser o de pessoas com idade entre 55 e 59 anos, enquanto que o segundo são aquelas entre 50 e 54. Essa faixa vai ser reduzida a todas as pessoas com as comorbidades descritas até as pessoas com 18 anos. Após isso, a previsão é que o programa passe a imunizar outros grupos descritos como prioritários, onde entram trabalhadores da educação, da limpeza urbana, do transporte coletivo e outros. Ressalta-se que em Goiás ocorre também a imunização em paralelo dos trabalhadores de saúde e da segurança pública.