Medicina do amanhã: novas tecnologias para diagnóstico e prevenção de doenças

Entenda como o uso de testes moleculares, propiciam um resultado rápido e preciso e contribuem para um tratamento assertivo e prevenção de doenças.

Medicina do amanhã: novas tecnologias para diagnóstico e prevenção de doenças
Foto: Acervo

A Covid-19 popularizou em todo o mundo os exames de biologia molecular. Hoje, termos técnicos como PCR, Real Time e variantes genéticas fazem parte do vocabulário até mesmo de crianças diante da grande cobertura jornalística da pandemia.

A busca por um diagnóstico rápido e assertivo, que permitisse a distinção da covid-19 de outras síndromes respiratórias, permitiu o desenvolvimento de novas metodologias baseadas nas mais modernas técnicas moleculares. Esse cenário promoveu grandes avanços na medicina diagnóstica, inclusive em áreas não relacionadas diretamente à covid-19, e hoje já estão disponíveis à população

OX360 — Foto: Acervo

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A imunogeneticista Núbia Araújo, gerente de desenvolvimento de mercado da rede OX360 Soluções em Diagnóstico, em Goiânia, destacou a importância dos painéis moleculares no diagnóstico de doenças. Segundo ela, hoje já existem painéis moleculares no mercado para diagnóstico diferencial para viroses respiratórias, meningites, encefalites e arboviroses (Zica, Dengue e Chikungunya), infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HPV e até mesmo avaliar o perfil de resistência à antibióticos todos com alta sensibilidade e especificidade e liberação de resultados em poucas horas.

 

“O painel molecular faz a amplificação específica do RNA ou DNA do patógeno a partir de uma única amostra biológica do paciente. Essa amplificação é altamente específica e permite que o material genético resultante seja suficiente para detecção do agente causador da doença, aumentando assim a sensibilidade com alto grau de especificidade”, explicou Núbia.

OX360 — Foto: Acervo

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Síndrome gripal

Nos primeiros meses de 2022, houve um significativo aumento de casos de síndrome gripal no Brasil. De acordo com o boletim Infogripe de Maio de 2022, elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, a covid-19 já representa 60% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os 40% representam outros vírus respiratórios como a influenza, rinovírus, adenovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), sendo este último predominante em crianças de até 4 anos.

 

A situação se complica quando se verifica que alguns sintomas das síndromes gripais, como febre, dor de cabeça e nas articulações são os mesmos de outras doenças também em surto no Brasil, como dengue, zika e chikungunya. Até o mês de maio, já foram contabilizados mais de 1 milhão de casos de dengue, sendo Goiânia a capital com o segundo maior número de casos no País.

Para o médico imunologista Dr. Fernando Vinhal, a identificação do patógeno responsável pela síndrome gripal é fundamental para direcionar o tratamento adequado dos pacientes e favorecer o melhor prognóstico clínico. Segundo ele, para esses casos, os painéis moleculares são os exames mais indicados por permitirem a identificação de mais de um patógeno em uma única amostra, reduzindo assim o tempo de espera pelo resultado.

Painel respiratório

O médico ressalta que o painel molecular respiratório permite a detecção, de forma precisa de até 24 tipos de vírus respiratórios, dentre eles coronavírus (SARS-Cov-2), adenovírus, bocavírus, rinovírus, vírus sincicial respiratório, Influenza H1N1 e H3N2 à partir de uma amostra se swab (cotonete) nasofaríngeo semelhante a amostra colhida para os testes de covid, logo nos primeiros dias de sintomas. “Essa definição precoce, principalmente em crianças, idosos e pacientes imunocomprometidos, pode ser decisiva para a definição da conduta terapêutica a ser adotada em cada paciente”, salientou.

 

Ginecologia e Obstetrícia

Outra área diagnóstica em que os avanços já podem ser notados é na ginecologia e obstetrícia. Hoje com uma única amostra é possível a realização de um painel molecular para detecção de 11 diferentes patógenos relacionados às Infecções sexualmente transmissíveis como a Sífilis, Clamídia e Neisseria, que podem estar relacionados a casos de infertilidade e prematuridade em bebês.

Também destaque nesta área, o rastreamento molecular da infecção pelo vírus HPV permite detectar a presença do vírus mesmo antes do surgimento de lesão no colo do útero possibilitando melhor acompanhamento da paciente.

Na obstetrícia, o destaque fica para o exame de sexagem fetal. À partir da 8ª semana de gestação já é possível identificar o sexo do bebê em uma pequena amostra de sangue da gestante, método totalmente seguro para mamãe e Bebê com assertividade acima de 99%.

Onde fazer
LABORATÓRIO OX360
Localização: Edifício Orion Business Health, Pavimento 22, Sala 2201B
St. Marista, Goiânia
WhatsApp: (62) 3094-9250

Fernando Antônio Vinhal dos Santos
CRM 7587/GO

 

Com informações G1.