Fábrica de Goiás volta a produzir embalagem de achocolatado para atender autistas com restrições alimentares

Mudança repercutiu após publicação de uma mãe contando que o filho não consumia mais o produto. Piracanjuba contou que famílias de várias partes do país receberam a nova embalagem.

Fábrica de Goiás volta a produzir embalagem de achocolatado para atender autistas com restrições alimentares
Pirakids adaptação — Foto: Divulgação/Piracanjuba

Uma fábrica de Goiás precisou se adaptar após a mudança da embalagem de um achocolatado. As cores vibrantes da marca Piracanjuba Pirakids incomodaram pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), que têm seletividade alimentar.

 

“Recebemos informações de que crianças que não tinham outro alimento no dia e só aceitavam o Pirakids. Praticamente ficavam sem comer”, explicou a assessoria da empresa.

 

A adaptação repercutiu no início de setembro após a publicação de uma mãe de Porto Velho, em Rondônia, contando que o filho, que tem TEA, não consumia mais o produto. Após a repercussão, mais famílias pediram a nova embalagem à empresa.

 

A solução para o problema foi a criação de uma espécie de “luva” para o Piracanjuba Pirakids”. Feita sob medida, ela é uma espécie de caixinha montável, que se encaixa perfeitamente ao achocolatado e guarda o produto, como se fosse o antigo Pirakids.

Segundo a Piracanjuba, a mudança da embalagem foi feita em junho deste ano e, dias depois, famílias com crianças autistas, pediram a volta da antiga.

A empresa explicou que já ajudou famílias de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Por causa da alta demanda, a equipe informou que foi solicitada a produção de mais um lote, mas ainda há embalagens em estoque. O envio é feito de forma gratuita, pelos Correios.

Embalagem atual da Pirakids — Foto: Divulgação/Piracanjuba

Embalagem atual da Pirakids — Foto: Divulgação/Piracanjuba

 

 

Autismo e inclusão

 

O autismo atinge uma em cada 160 crianças no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). A advogada e presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/GO, Tatiana Takeda, é mãe do Theo Luiz, de 10 anos, que também é autista.

Tatiana explicou que a hipersensibilidade sensorial e a seletividade alimentar fazem com que parte dos autistas tenham que levar certos alimentos para determinados locais.

 

"Existem autistas que só comem certos alimentos, como por exemplo alguns que só ingerem gelatina e iogurte", pontuou.

 

Com informações g1 Goiás.