Cães sem coleira no setor Sul: mais de 40 gatos já foram mortos, segundo vizinhos
Moradores do setor Sul dizem que já conversaram insistentemente com tutora dos cães responsáveis pelos ataques, mas não houve solução.
Moradores do setor Sul, em Goiânia, estão unidos para resolver um problema que preocupa a vizinhança pelo menos desde 2024: dois cães, um chow-chow e um vira-lata, circulam com liberdade pelas ruas do bairro sem o devido acompanhamento da tutora, e avançam contra outros cães, gatos e pessoas. O mais recente capítulo dessa história foi o ataque à cadela Catarina, no dia 7 de outubro. A tutora de Catarina e psicóloga Júlia Perillo registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia de Goiânia no dia 8 e, no dia seguinte, a cadela faleceu. Renata Borges, protetora independente que atua na região, estima que mais de 40 gatos morreram desde 2024.
Júlia relatou à polícia que que passeava com a pet no dia 7 quando viu os cães soltos em uma praça. Ela até tentou se afastar, mas não teve tempo para se proteger do ataque. “A chow-chow pegou a Catarina pelas costas, chacoalhou-a e só soltou quando eu comecei a gritar e policiais vieram me ajudar”, relatou ao Mais Goiás.
Os policiais que a ajudaram são da Polícia Penal, que tem um escritório no setor Sul. Eles acompanharam Júlia até o endereço da tutora dos cães imediatamente. “Ela [a dona do chow-chow e da vira-lata] disse que os cachorros haviam fugido no momento em que havia aberto o portão, mas todos os vizinhos sabem que ela os solta de propósito. É algo recorrente”, afirmou Júlia.
Grupo de Whatsapp
A psicóloga faz parte de um grupo criado no Whatsapp que, nos últimos meses, funciona sobretudo em função dos ataques desses cães. A tutora deles estava nesse grupo inicialmente, mas saiu.
Quando o problema começou, os primeiros relatos eram de que os dois cachorros apareciam sempre nas filmagens de câmera de segurança quando os gatos eram mortos no bairro. Renata conta ao Mais Goiás que essa tutora, uma jovem de aproximadamente 25 anos, não se manifestava quando tomava desses casos. Só decidiu se justificar quando os vizinhos descobriram que cães eram aqueles e a quem eles pertenciam.
“Foi quando ela disse que estava com um problema no portão. Disse que havia fechado o portão, mas que eles saíram mesmo assim. Nós fizemos uma pequena campanha e arrecadamos o valor necessário para ela consertar a entrada, mas não adiantou nada. Dias depois ela já os havia soltado outra vez”, afirma Renata.
A mulher foi intimada pela 1ª DP a prestar depoimento no dia 17 de setembro. Ela se comprometeu a deixar os animais presos dali em diante, o que não aconteceu. Foi outra vez intimada, só que dessa vez pela Justiça, a depor no dia 07 de novembro nos, Juizados Especiais Criminais de Goiânia, em audiência preliminar.







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